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27 outubro 2010

Afinal, Deus não morreu!

Nunca como nos últimos 30 anos, o debate sobre a existência de Deus foi tão intenso e intelectualmente tão estimulante. O que mostra bem como Deus nunca morreu, conforme chegou a ser proclamado por certos pensadores. Não, Deus não morreu, ou melhor, o tema da existência e da identidade de Deus não morreu. E não se pode dizer que isso se deva à religião. O debate está ao rubro nos círculos académicos e  nunca como agora se publicaram tantos e variados títulos sobre este tema. A questão da existência de Deus invadiu o espaço público. Não como algo que se impõe à consciência do indivíduo, obrigando-o a aderir à prática religiosa ou a rejeitá-la (aqui, lembremo-nos das sequelas da revolução francesa, sim, a tal da liberdade, fraternidade e igualdade), mas como algo que está aí, aberto ao debate e à adesão de fé. Os tempos que vivemos são fantásticos para uma pessoa decidir-se a fazer a jornada de descoberta da fé, pelo menos no âmbito da sociedade ocidental, onde a liberdade religiosa ainda é um dos valores fundamentais. Deus não morreu e nem pode morrer. Precisamos d'Ele. Afinal de contas, Ele é a causa primeira e única de existirmos. Como diz a Escritura: "nele nos movemos e existimos". A ausência ou a negação de Deus é a negação da própria dimensão espiritual e transcendente do ser humano, daquilo que faz que ele seja o que é, único, no âmbito do seres criados. 

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