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20 março 2011

A gratuitidade da existência

Hoje, eu e a Lai, oferecemos ao Bruninho uma ida ao Estádio do Dragão, ver o seu F. C. Porto. O miúdo estava (está) simplesmente entusiasmado. Até fez um cartaz para levar e levantar durante o jogo. Com certeza, o Bruno irá ver muitos jogos na sua vida, mas este primeiro jogo irá ficar na sua memória como um daqueles momentos cheios de significado e de encanto, onde os sonhos se tornam tangíveis e se transformam na nossa própria realidade. Creio que a vida é isto mesmo, a experiência da sua própria gratuitidade. Na vida, as coisas que alcançamos, os sonhos que vivenciamos, as experiências plenas de significado que por vezes vivemos, tudo isso, experimentamos como pura gratuitidade. São momentos em que nos damos conta que viver é expormo-nos à graça, ao favor, ao inesperado da bondade de Deus. Damo-nos conta que a nossa contribuição para esses acontecimentos existenciais, afinal, é muito pouca, que é mais o que recebemos, do que o que damos. Gostamos de pensar que somos nós, com a nossa habilidade, os nossos dons, a nossa capacidade de ser capitães das nossas próprias vidas, que levamos o barco em direcção à praia. Mas quando paramos para pensar, vemos que se não fosse o vento a encher as velas e impulsionar o barco, ou o movimento das águas, muito pouco poderíamos avançar, ou nada. Por isso, vamos viver com alegria, abrindo-nos à graça da existência, ao favor de Deus, que nos impulsiona a realizar um destino.