Se Deus não existisse?
Pascal lançou o argumento - o célebre argumento - da aposta. Crer em Deus e obedecer-lhe é sempre melhor do que não acreditar. Se Deus existe, teremos a recompensa da vida eterna por termos crido nele. Se Deus não existisse, ainda assim teria valido a pena acreditar nele, pois a fé levar-nos-à a viver da melhor maneira, como pessoas honradas. Portanto, numa ou noutra situação, saímos sempre a ganhar. Crer na existência de Deus é uma aposta sempre ganha.
Claro que este argumento não satisfaz a nossa exigência intelectual e moral de certezas. Daí a sua falibilidade. Posso ser uma pessoa íntegra sem precisar de crer em Deus. Existem excelentes pessoas que não são crentes. Ser uma pessoa boa é uma questão de escolha pessoal, não de crença.
De qualquer forma, a pergunta é pertinente: e se Deus não existisse? Faria sentido a existência humana? Não ficariam a moral e a ética reduzidas a um mero acordo convencional, cuja autoridade derivaria meramente da força da maioria? Sem Deus não existe base para absolutos morais. Se Deus não existisse a vida humana ficaria mais pobre e limitada. Não teríamos lugar para a esperança. Viveríamos sem perspectiva de eternidade. Perderíamos a nossa dimensão transcendente. Essa mesma dimensão que nos distingue da animalidade e do meramente natural.
Como disse, um certo filósofo que proclamou a morte de Deus, ficaríamos sós no vastíssimo universo. Solidão terrível, angustiante e sem esperança.
1 comentário:
Eu optp em acreditar e desfrutar de Deus.
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