Ser repreendido,
corrigido, chamado a atenção, é daquelas coisas a que, normalmente, não
reagimos muito bem. Quando éramos crianças ou adolescentes, reagimos mal à
repreensão, e na vida adulta as coisas não mudaram muito. Amuar, replicar,
discutir ou ficar zangado, alterar comportamentos e atitudes para com a pessoa
que chamou a atenção, tornando-se distante, mostrando o seu desagrado, são
formas de reacção (negativa) à chamada de atenção. É natural. Afinal, a
repreensão interfere com a imagem que fazemos de nós mesmos, com a concepção
que temos da justeza e sabedoria dos nossos comportamentos e escolhas. Por
isso, compreende-se que, num primeiro momento, a pessoa reaja negativamente. O
problema é continuar-se a si. É sábio que uma pessoa, uma vez repreendida ou
chamada a atenção, que considere o fundamento da mesma, que pondere os seus
comportamentos ou escolhas à luz dessa mesma chamada de atenção. Sempre
lucramos quando procedemos assim. Na nossa conduta, seja pessoal, profissional
ou social, sempre existem sombras, que necessitam ser iluminadas. É que há
zonas de sombra na nossa vida que se não vierem a ser corrigidas dentro do
tempo habitual, poderão tornar-se em fonte de problemas graves mais tarde.
Quando alguém te corrige, considera, reflete sobre o que tens sido ou feito à
luz dessa repreensão. E se for o caso, decide-te a empreender as mudanças.
Senão, pelo menos, exercitaste-te na capacidade de aprender através da
filtragem e reflexão dos estímulos e feedback que recebemos dos que estão à
nossa volta. Termino com este texto das Escrituras: "O que rejeita a instrução menospreza a
própria alma, mas o que escuta a repreensão adquire entendimento" (Provérbios 15:32).
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