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16 junho 2008

O que fazer diante da recusa?

É normal experimentarmos recusas ao longo da nossa vida. Por vezes, essas recusas doem. A recusa é algo que incomoda e que chega a mexer com a maneira como a pessoa se percebe. Em lugar de encarar as recusas como parte do jogo da vida e procurar estratégias eficazes para lidar com elas, uma pessoa pode chegar a ver-se como "recusada". Não é só o problema de recusarem as minhas ideias, gestos, atitudes, ou até a mim mesmo; agora, eu mesmo, aos meus próprios olhos, vejo-me e identifico-me como uma pessoa recusada. A recusa passa a ser parte da minha identidade. Não tem que ser assim. Diante das recusas precisamos de aprender a cultivar a arte do DISTANCIAMENTO, não nos deixarmos envolver emocionalmente com as mesmas. Um distanciamento crítico, em que sou capaz de analisar e avaliar as recusas, separá-las da minha identidade, saber tirar lições (se for o caso), mas sem me deixar condicionar negativamente. Esse distanciamento emocional é crucial para poder seguir adiante na prossecução dos meus objectivos e ideiais de vida. Jesus foi muitas vezes rejeitado, recusaram a sua mensagem e recusaram-no a ele, mas ele nunca se deixou enredar na prisão das recusas alheias. Sabia qual era o seu propósito, que nem sempre as pessoas iriam concordar com ele, mas o seu desempenho e a postura não eram determinadas pelas recusas ou aceitações dos demais e sim pelo seu propósito.

2 comentários:

The Pescador disse...

O desempenho depende do seu propósito, realmente, concordo.
Deus abençoe
www.thepescador.blogspot.com

Estevão Lourenço disse...

Obrigado pela excelente abordagem acerca da recusa. Todos nós sabemos de alguma maneira o que é ser recusado. Eu pessoalmente, experimentei algumas, mas tentei sempre não me deixar enredar emocionalmente por elas. Algumas vezes ganhei, outras, nem por isso.